TRT-8 prepara servidores e servidoras para acolher denúncias de violência e assédio

Atividade reuniu servidores e servidoras do Tribunal para debater estratégias de escuta e acolhimento
Foto colorida em ambiente fechado os presentes estão vestidos formalmente, com mulheres vestindo roupas sociais.
Foto colorida em ambiente fechado os presentes estão vestidos formalmente, com mulheres vestindo roupas sociais.

Na última sexta-feira, 30 de maio, o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) promoveu uma oficina essencial sobre acolhimento de denúncias de violência, assédio e discriminação. A iniciativa, organizada pela Escola de Capacitação e Aperfeiçoamento Itair Sá da Silva (Ecaiss) em parceria com o Subcomitê de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual do TRT-8, reuniu servidores e servidoras para debater estratégias de escuta e acolhimento.

Com o tema "Acolhimento de Notícias de Violência, Assédio e Discriminação: Meios de Intervenção", a oficina foi conduzida por Karla Fernanda Valle, assistente social do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região. Karla, que já havia participado de uma palestra online com o TRT-8 e o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA) em 8 de maio, esteve agora presencialmente para focar na prática do acolhimento.

Durante o encontro, Karla enfatizou a importância de preparar as "portas de entrada" da instituição – as pessoas que primeiro recebem as denúncias. "A ideia é instrumentalizar essas portas de entrada para uma escuta qualificada, que fortaleça o protagonismo de quem está sofrendo violência", explicou. O objetivo, segundo ela, é garantir que essas pessoas estejam prontas para escutar, acolher e encaminhar os casos com sensibilidade, responsabilidade, e que "a denúncia chegue de forma segura ao subcomitê, para que ela não se perca no caminho".

A oficina proporcionou um espaço rico para discussões. "Discutimos conceitos, compartilhamos experiências de outros tribunais e fizemos estudo de casos", contou Karla. "A intenção é pensar juntos estratégias de acolhimento, atendimento e também formas de facilitar a denúncia."

A programação incluiu ainda um momento de troca de ideias e vivências entre os participantes, promovendo um diálogo aberto sobre temas delicados enfrentados no dia a dia do trabalho.

Luana destacou também os efeitos positivos que esse tipo de atividade pode gerar na cultura organizacional: “Essas ações ajudam a fortalecer a saúde mental coletiva, prevenir violências institucionais e criar um ambiente mais humano, justo e saudável. Quando a instituição se posiciona claramente contra práticas abusivas e discriminatórias, ela abre espaço para que as vítimas se sintam seguras para denunciar”. Ela também ressaltou o papel educativo da oficina: “Palestras e formações como essa conscientizam gestores e servidores sobre comportamentos inadequados e suas consequências. E, principalmente, mostram que o tribunal está empenhado em fortalecer canais de escuta, acolhimento e apuração”. Para Luana, essa postura também contribui para a inclusão e o respeito às diversidades: “Quando enfrentamos discriminações de gênero, raça, orientação sexual ou deficiência, estamos construindo um ambiente mais inclusivo e com mais qualidade de vida para todos”, concluiu.