Sem acordo: audiência no TRT da 8ª Região termina com impasse entre sindicatos da construção civil

A audiência de conciliação realizada nesta segunda-feira (22) pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (Pará e Amapá) terminou sem acordo entre os sindicatos laborais e patronais da construção civil. A sessão, conduzida pela desembargadora Francisca Oliveira Formigosa na sala de sessões do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) de 2º grau, tratou das Reclamações Pré-Processuais nº 0001153-50.2025.5.08.0000 e nº 0001155-20.2025.05.08.0000.
O impasse se deu diante das propostas divergentes: o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém sugeriu reajuste salarial de 6,5% e cesta básica de R$ 150,00, enquanto o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará ofereceu 6% de reajuste e cesta básica de R$ 140,00. Sem consenso, a mediação foi encerrada sem avanços.
Justiça do Trabalho como palco de negociação
O TRT da 8ª Região, por meio do Cejusc, reafirmou seu papel institucional como espaço de diálogo e tentativa de pacificação social. A audiência reuniu ampla representatividade sindical, com a presença de entidades laborais de diversos municípios paraenses e do Amapá, além da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário.
Entre os presentes estavam os representantes Atnágoras Lopes, Ivan Silva da Silva, Anderson Silva Mafra, Raimundo Moraes de Souza e Orlando Machado Leite, acompanhados por seus advogados. O sindicato patronal não enviou preposto, mas foi representado por seus advogados, Dr. Elton Barroso Sinimbu Filho e Dr. Juarez Rabello Soriano de Mello.
Próximos passos
Com o encerramento da audiência sem acordo, as partes poderão buscar novas rodadas de negociação ou recorrer à via judicial. O TRT-8 permanece como instância aberta ao diálogo, reforçando seu compromisso com a mediação e a construção de soluções consensuais.