Reunião Nacional das Escolas de Magistratura do Trabalho tem como tema a Alteridade

O encontro nacional refletiu sobre a importância de preparar os juízes para que eles compreendam melhor as diferenças sociais, econômicas e culturais do país.
A 63ª Assembleia e Reunião do Conselho Nacional das Escolas de Magistratura do Trabalho - Conematra
— Foto: ASCOM8

A 63ª Assembleia e Reunião do Conselho Nacional das Escolas de Magistratura do Trabalho - Conematra-, realizada de 29 a 30 de agosto,  em Teresina (PI), discutiu a alteridade e a formação de magistrados.

A alteridade implica em um contínuo esforço de entender o outro, de saber se colocar no lugar do outro. No âmbito judiciário, é muito utilizada, por exemplo, quando o juiz tem que lidar com rótulos e estigmas sociais no momento da tomar decisão.

Segundo o diretor da Escola Judicial do TRT8, desembargador Luis Ribeiro, a discussão do tema alteridade trouxe para a 8ª Região “a perspectiva de que, após a posse, o magistrado é chamado a ser gestor, decidir outras questões do cotidiano fora da sua formação técnica jurídica. E a Escola Judicial deve ser um espaço de acolhimento no ingresso na carreira e de formação continuada para aperfeiçoamento e qualificação com estudo, além das questões técnicas de padrões comportamentais, dando aos juízes outros saberes para que compreenda melhor as diferenças sociais, econômicas e culturais de nosso povo, em especial, os que são partícipes do processo”.

A Reunião do Conselho Nacional das Escolas de Magistratura do Trabalho também abordou subtemas tais como os aspectos envolvendo psicologia judiciária aplicada, subjetividade do magistrado, dimensão psicológica para o exercício profissional, relacionamento interpessoal e interinstitucional com as mídias sociais e com a sociedade,  e invisibilidade social.