TRT8 realiza capacitação em teletrabalho para os gestores.
O desenvolvimento do Teletrabalho de forma estruturada na 8ª Região foi uma demanda que surgiu a partir dos resultados da Pesquisa de Clima Organizacional. Segundo a pesquisa, Varas que já adotam o sistema do teletrabalho estão conseguindo um bom desempenho nas metas da Justiça do Trabalho e no clima organizacional.
A capacitação ocorreu durante os dias 28 e 29 de maio, no auditório Aloysio da Costa Chaves, localizado no 1º andar do prédio-sede e era voltada para gestores das unidades, substitutos imediatos e servidores que estão em teletrabalho, ou almejam aderir ao teletrabalho. Durante os dois dias, os servidores puderam aprender sobre os aspectos comportamentais, técnicos e gerenciais do Teletrabalho.
O desembargador Walter Paro, Corregedor Regional do TRT8, esteve presente na abertura do evento, onde destacou o papel do Teletrabalho ao contribuir, principalmente, que os novos servidores se adaptem às rotinas da 8ª Região. “Por ocasião da Correições Integradas, nós temos verificado principalmente em Varas localizados fora da sede, a grande presença de novos servidores, os quais são de outras regiões. Nós temos percebido o quanto tem sido difícil para eles enfrentarem a nossa realidade, mas, por sua vez, o teletrabalho tem auxiliado muito, inclusive na melhoria do clima organizacional, proporcionando uma oportunidade de retenção de talentos”, afirmou.
O presidente da comissão de teletrabalho destacou que o método de desenvolver atividades à distância constitui-se em um caminho sem volta. “Nosso trabalho agora é aperfeiçoá-lo. Ele tem a importante função de reter talentos, contribuindo para o ambiente de trabalho sadio. O teletrabalho tem relevância na construção do estado, não apenas de espaço material, mas de economia para a administração e para o servidor. As falhas devem ser corrigidas de sorte a dar mais transparência e efetividade a todo o processo. Nós temos um projeto piloto em Macapá com 26 servidores em teletrabalho e deve ser implementado em todas as unidades do TRT8, observando os critérios e normativos a respeito”, ressaltou.
No módulo comportamental, a psicóloga do TRT8, Úrsula Gomes apresentou para servidores as principais vantagens e desvantagens do teletrabalho, tanto para os servidores quanto para a instituição, encerrando com vídeos enviados por pessoas que estão atuando na modalidade de teletrabalho, na instituição..
Vantagens
Tempo gasto em deslocamento;
Menos distrações;
Clima de trabalho mais confortável
Diminuição de gastos com alimentos e saúde
Desvantagens
Isolamento social e redução dos contatos com colegas;
Necessidade de desenvolver mais habilidades profissionais;
Problemas na vida familiar devido a possível intromissão;
Maiores custos;
Menos oportunidades de promoção;
Possível dificuldade de gestão de tempo - perda do limite entre trabalho e lazer
A primeira preocupação que vem para os gestores com o Teletrabalho é a questão de como controlar a produção de quem está atuando nesse formato. Edilberto Oliveira, chefe do Núcleo de Apoio ao PJe apresentou o módulo técnico do curso de capacitação, apresentou as ferramentas disponíveis no PJe que facilitam o trabalho para gestores e servidores em teletrabalho. “Mostramos uma ferramenta que já está em uso no PJe, ela ainda não atende de forma plena as nossas necessidades nesse sentido, mas já dá para se fazer um controle, saber a distribuição, colocar responsáveis em processos e colocar um período para o cumprimento de tarefas no processo. Para que o Teletrabalho venha a ser utilizado de uma forma plena, é necessário que os processos sejam eletrônicos, por isso fizemos a demonstração da ferramenta do PJe de conversão do processo físico para o processo eletrônico” destacou.
Já na parte gerencial, Rodopiano Neto, Coordenador de Análise Estratégica, apresentou ferramentas de gestão que estão disponíveis para facilitar o gerenciamento dos trabalhos, além de melhorarem o funcionamento das unidades. Entre as ferramentas apresentadas estão o Hórus, dentro do Hórus está o IGest, foi apresentado também a funcionalidades do PJe 2.0 e Trello. A secretária da corregedoria, Liliane Cohen também apresentou o Fluxo Nacional JT, que é um manual eletrônico participativo.
Rodopiano frisou que é importante para as unidades que todos os processos de trabalho estejam bem definidos entre gestores e servidores. “Nosso objetivo foi preparar os gestores e também os servidores para essa nova modalidade. Destacando que um teletrabalho bem estruturado precisa de uma liderança comprometida e capacitada, o alinhamento dos objetivos com as estratégias do tribunal e nacional, ter processos de trabalho bem definidos, uma gestão e controle do trabalho realizado pelos servidores que estão em regime de teletrabalho. Além disso, esse controle deve ser transparente e o trabalho distribuído de forma mais ou menos equânime”, afirmou.
Para finalizar o curso o diretor da 1ª Vara do Trabalho de Macapá, Rodrigo Monteiro de Oliveira, apresentou as práticas adotadas na vara em que atua, destacando as atitudes que deram certo e mostrando como é possível implantar o teletrabalho de forma estruturada.
Veja as fotos do evento, aqui.