TRT8 emite nota de pesar pelo falecimento do juiz Elder Lisboa
O TRT8, com pesar, informa o falecimento do Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e professor paraense Elder Lisboa Ferreira da Costa.
O juiz faleceu na manhã de sexta-feira (20), no Hospital Beneficente Portuguesa de São Paulo. Ele estava afastado de suas atividades em decorrência de tratamento de um câncer agressivo, descoberto no começo do ano.
O corpo foi velado neste domingo (22), partir das 2h, no Salão Nobre do prédio-sede do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), localizado na Avenida Almirante Barroso, em Belém.
O sepultamento ocorreu às 15h do mesmo dia, no Parque da Eternidade, localizado no município de Marituba.
Trajetória
O magistrado Elder Lisboa, 52 anos, que se formou em Direito em 1988, na UFPA, e ingressou no Judiciário em setembro de 1993, tinha vasta experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Penal e Direitos humanos. Era membro do Centro de Estudos da Mulher com Sede em Salamanca (Espanha) na qualidade de Investigador. Nesta universidade, fez pós-doutorado, enquanto que pela Universidade de Lisboa (Portugal), fez PHD em Ciências Jurídico Internacionais e Europeias. Era professor em ambas universidades.
Em Belém, era professor adjunto da Universidade Estácio (FAP), da Esamaz e da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará (TRE).
Também era membro do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo e questões correlatas da cidade do Rio de Janeiro e foi um dos Relatores em Turim-Itália no Programa das Nações Unidas sobre o sistema carcerário, no Brasil e Itália, além de membro da Comissão de Direitos Humanos do TJPA.
Elder Lisboa ainda foi promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará (1991 a 1993). Foi autor de 15 livros, o último foi lançado no último dia 13 de junho: Escravidão no trabalho: Os pilares da OIT e o discurso Internacional. No último dia 17 de maio de 2018, havia se tornado membro da Academia Paraense de Letras, onde ocupou a cadeira número 12, que pertenceu a escritora Helena Tocantins e cujo patrono é o bispo D. Macedo Costa.