Judiciário Fraterno encerra 2025 com 360 pessoas capacitadas no Amapá

Mobiliza Curiaú foi o ponto alto do projeto, com ações voltadas à inovação e ao empreendedorismo
Foto em ambiente fechado mostrando a certificação dos participantes do curso.
#ParaTodosVerem: Foto em ambiente fechado mostrando a certificação dos participantes do curso.

O Comitê Gestor do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, por meio do Projeto Judiciário Fraterno, em parceria com o Comitê Gestor Regional de Raça, Gênero e Diversidade, encerrou as atividades de 2025 no Amapá com a capacitação de 360 pessoas na comunidade quilombola do Curiaú, em Macapá.

As ações foram desenvolvidas ao longo do ano na Escola Estadual Quilombola José Bonifácio. O destaque foi o evento “Mobiliza Curiaú”, realizado entre os dias 16 e 18 de junho, em parceria com o SEBRAE-AP. A iniciativa promoveu inovação e empreendedorismo, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das famílias do Quilombo do Curiaú e de comunidades vizinhas, como Casa Grande e Curralinho. 

Durante o evento, foram oferecidos gratuitamente workshops, palestras e atendimentos à população. As capacitações incluíram cursos sobre segurança alimentar no processamento do açaí, produção de farinha, cultivo de hortaliças, confecção de brinquedos ecológicos e boas práticas na manipulação de alimentos.

Inovação e empreendedorismo

O projeto impulsionou o desenvolvimento socioeconômico e sustentável da comunidade, incentivando a educação, geração de renda, valorização cultural e preservação ambiental. Foram capacitados 264 alunos em temas como empreendedorismo e sustentabilidade, além de 57 empreendedores em atendimento ao cliente, manipulação de alimentos e marketing digital.

A Carreta de Atendimento Itinerante do SEBRAE-AP também esteve presente no Mobiliza Curiaú, oferecendo serviços como consultorias empresariais, declaração anual de faturamento, alterações cadastrais e parcelamento de dívidas, fortalecendo os pequenos negócios locais.

Matemática e tecnologia como ferramentas de emancipação

Entre 26 de setembro e 17 de outubro, o projeto promoveu o curso “Desenvolvimento de Jogos com Matemática Aplicada”, realizado na sala de informática do Fórum Trabalhista de Macapá. A formação, voltada a estudantes quilombolas, uniu matemática, lógica computacional e programação de jogos como ferramentas de aprendizado interdisciplinar. O curso formou 38 alunos e foi ministrado pelos estagiários Fernando Bentes Quemener, Gabriel Luna de Melo e Evelyn Figueiredo dos Santos, sob supervisão do analista de TI Ramon Torres. 

A juíza titular da 2ª Vara do Trabalho de Macapá, Núbia Guedes, destacou a importância da iniciativa. “O Projeto Judiciário Fraterno nasceu com esse viés de levar ações de grande relevância para impulsionar o protagonismo também nas comunidades quilombolas, com conhecimento, autonomia e oportunidades. Esse sucesso representa o compromisso do Judiciário com a formação cidadã e a promoção dos direitos humanos.”