TRT-8 participa da ação Diálogos sobre a luta anti-capacitista em escola municipal

A Escola Municipal Tânia Matos, em Marituba, realizou no dia 29 de agosto a ação “Diálogos sobre a luta anti-capacitista na sociedade”, reunindo cerca de 40 participantes entre pais, professores, gestores, alunos e profissionais de diferentes instituições. O encontro fortaleceu o diálogo entre a comunidade escolar e as famílias, discutindo avanços, desafios e possibilidades para consolidar uma educação verdadeiramente inclusiva.
Participação do TRT-8
O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) esteve presente por meio do Subcomitê de Acessibilidade e Inclusão. A juíza do Trabalho Camila Afonso Nóvoa Cavalcanti, coordenadora da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do TRT-8, destacou a importância da efetivação dos direitos das pessoas com deficiência, assegurados pela Constituição Federal, pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) e por tratados internacionais. Ela ressaltou que a escola é espaço fundamental para a garantia da cidadania e da dignidade dos estudantes com deficiência.
A psicóloga do TRT-8, Luana Rios, reforçou a necessidade de que os pais valorizem os aspectos positivos das vivências com seus filhos, fortalecendo a autoestima e o desenvolvimento emocional das crianças e de suas famílias.
Rede de apoio e diagnóstico precoce
O debate contou ainda com contribuições de profissionais da educação e da saúde, além da participação ativa de mães e pais, que compartilharam relatos sobre o processo de aceitação do diagnóstico, as dificuldades enfrentadas e as conquistas obtidas com a inclusão de seus filhos.
Principais pontos debatidos
Entre os temas levantados durante a roda de conversa, destacaram-se:
- O papel do Atendimento Educacional Especializado (AEE) como suporte pedagógico;
- A necessidade de acessibilidade física, pedagógica e comunicacional, eliminando barreiras que ainda restringem a participação de estudantes;
- A formação continuada de professores e gestores para garantir práticas pedagógicas inclusivas;
- A articulação de redes de apoio interinstitucionais, integrando escola, saúde, assistência social e sistema de justiça;
- O fortalecimento de programas voltados às pessoas com TEA, conforme previsto na Lei nº 12.764/2012.
Convivência e construção coletiva
A atividade foi conduzida pela coordenadora da escola, Jakeline Castelo branco que apresentou experiências do cotidiano, os apoios já implementados e os resultados percebidos no acompanhamento de crianças com deficiência e suas famílias.
A iniciativa reforçou a ideia de que a inclusão é um processo coletivo, construído com a participação ativa da escola, das famílias, dos profissionais e da sociedade, garantindo às crianças, adolescentes e jovens com deficiência o direito à educação, ao desenvolvimento e à plena cidadania.