A importância da preservação da história no Memorial Arthur Francisco Seixas dos Anjos, do TRT-8
Você sabia que a primeira sentença de Trabalho Escravo no Brasil está aqui na Justiça do Trabalho do Pará? E você pode conferir esse documento raro no acervo do Memorial Arthur Francisco Seixas dos Anjos, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8).
O Memorial do TRT-8, segundo a curadora do espaço, a desembargadora Sulamir Palmeira Monassa de Almeida, “tem importância de ser o guardião do acervo sociocultural dos trabalhos dos nossos magistrados e também dos nossos servidores. Esses trabalhos são coletados a partir da sua importância histórica e cultural para que sejam apresentados ao judiciário do TRT, mas também a toda a sociedade”, explica a desembargadora.
Ela detalha sobre o acervo do espaço cultural e artístico do TRT-8. “Nele podemos encontrar toda a partitura oficial do Hino da Justiça do Trabalho, do [compositor e] nosso desembargador aposentado Vicente Malheiros da Fonseca. Nós ganhamos a exposição dos trabalhos dos processos referente ao trabalho escravo. São processos históricos, devidamente selecionados, além de outros documentos importantes da história da Justiça do Trabalho, como o acórdão feito pelo desembargador Luiz Ribeiro e que foi selecionado pelo TST”, observa.
O Memorial abriga objetos e documentos de grande valor histórico, como mobiliário antigo, condecorações como medalhas e diplomas, e publicações dos(as) magistrados(as) em anais. E vai além de visitas escolares ou de amantes da história, incluindo processos antigos que são fontes de pesquisa para advogados e estudantes de Direito, que utilizam a documentação para trabalhos de conclusão de curso ou para casos específicos e jurisprudência.
A desembargadora Sulamir Monassa destaca que a curadoria do Memorial é feita a partir das ações museais que seguem o Plano Museológico e o planejamento anual de eventos e visitações. “A curadoria é um processo colaborativo que requer sensibilidade, atenção aos detalhes e acolhimento de pessoas que estão precisando consultar seu acervo para fins de pesquisa e aprendizado, o Memorial é da sociedade e para a sociedade”.
História - Criado em 21 de setembro de 1988, por meio da resolução nº 204 de 21/09/1988, o Memorial Arthur Francisco Seixas dos Anjos é um rico na preservação histórica e mantém vivo o legado do judiciário para as futuras gerações. O Museu foi reformado em 2003, durante a gestão do Presidente Georgenor de Souza Franco Filho, que iniciou a reestruturação do memorial, com a realização do levantamento e catalogação do acervo existente no local.
O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) desempenha um papel fundamental na preservação da memória do judiciário, proporcionando uma valiosa fonte de estudo para futuros advogados e outros interessados. O Memorial Arthur Francisco Seixas dos Anjos está aberto para visitação, e os interessados devem agendar sua visita pelo e-mail do memorial.
A curadora desembargadora Sulamir Monassa faz um convite ao público. “É um grande prazer convidar a todos para conhecerem o Memorial da Justiça do Trabalho, um espaço cultural único mantido pelo Tribunal do Trabalho da 8ª Região. Nosso Memorial é dedicado a preservar e celebrar a história rica e significativa da Justiça do Trabalho”, conclui.
O prédio do Memorial fica localizado na avenida Senador Lemos, nº 574 – Bairro Umarizal – Belém/Pará, onde encontra-se sua administração, áreas expositivas e o espaço “Gotas de Cultura”. Para agendamento de visitas podem enviar um email para: memorial@trt8.jus.br ou entrar em contato pelo telefone (91) 98588-4526, no horário de 8h às 13h, de segunda a sexta-feira.
