TRT-8 finaliza treinamento de acessibilidade no PJe com leitor de telas NVDA

Aulas contaram com a presença de alunos PCD's e sem deficiência
Captura de tela da sala de reuniões do google onde foram realizadas as aulas.
— Foto: ASCOM8

O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8), através da Escola de Capacitação e Aperfeiçoamento Itair Sá da Silva (ECAISS), finalizou treinamento de acessibilidade no PJe com o leitor de tela NonVisual Desktop Access (NVDA), em português “Acesso Não-Visual ao Ambiente de Trabalho”. Todo o curso foi realizado utilizando o ambiente de testes do PJe, mostrando como é o acesso pelo NVDA e quais são os atalhos de teclado utilizados para navegação na plataforma.

O NVDA é uma plataforma livre e gratuita de leitor de tela para Windows, que facilita a acessibilidade para pessoas cegas e de baixa visão, estimulando a inclusão digital de PCD’s visuais. Através de uma voz sintética, o programa permite que os usuários possam acessar e interagir com o Windows e vários outros aplicativos, fazendo a leitura de conteúdos na tela em qualquer idioma. Além disso, o programa utiliza atalhos de teclado para navegar pela página, com determinadas combinações de tecla usufruindo de funções diferentes de navegação e ação na tela.

A realização do treinamento demonstra a preocupação do TRT-8 em promover a acessibilidade e inclusão dos servidores (as) com deficiência e, como consequência, dá cumprimento ao disposto pela Lei Nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão – LBI) e pela Lei Nº 11.416/2006, que preconiza, dentre outras questões, a capacitação dos servidores do Poder Judiciário.

Em relação aos servidores com deficiência, é extremamente importante que haja constantemente o treinamento no uso dos sistemas que compõem a rotina de trabalho, seja ele o Processo Judicial eletrônico (PJE), seja qualquer outro sistema, administrativo ou judicial. O instrutor do treinamento, servidor do TRT-15 e PCD visual, Jairo Maurano Machado, comentou sobre: “isso garante que os servidores tenham mais autonomia e independência no exercício de suas atribuições nas unidades em que atuam. Uma outra consequência da promoção desses treinamentos é a possibilidade de rastrearmos e identificarmos alguns pontos que ainda demandam maior cuidado em relação à promoção da acessibilidade, como por exemplo algum elemento que não esteja sendo falado pelo leitor de telas NVDA.”

Além dos servidores PCD’s, também participaram do treinamento alguns sem deficiência, o que foi explicitado a relevância pelo instrutor: “A participação de servidores com e sem deficiência se mostra imprescindível porque, dessa maneira, é possível haver uma melhor comunicação entre as demandas de trabalho e a forma como os servidores usuários do NVDA conseguem realizá-las. O estabelecimento desse tipo de diálogo favorece a compreensão daquilo que existe em termos de atividades de trabalho e o modo como essas atividades podem ser desempenhadas com o uso do NVDA. Agindo nesse sentido, tanto os servidores com deficiência têm a possibilidade de demonstrar como uma determinada tarefa pode ser executada quanto podem identificar as demandas das unidades em que atuam.”

A participação de servidores sem deficiência, além de propiciar a divulgação dos recursos de acessibilidade existentes para o uso de pessoas com deficiência, com a respectiva multiplicação desses conhecimentos em outras ocasiões, permite, sobretudo, que tais servidores também estejam capacitados a utilizar o NVDA (ou qualquer outro tipo de recurso) e com isso possam auxiliar servidores com deficiência que futuramente venham a compor o quadro do regional. Mais que isso, é possível que possam prestar algum tipo de auxílio aos advogados que também façam uso do leitor de telas.

Para a servidora do TRT-8, aluna do curso, Ozeni dos Santos Almeida, o contato com o professor e os demais alunos durante o treinamento foi essencial para o entendimento da prática laboral e da acessibilidade. “A interação dos participantes e instrutor foi totalmente proveitosa, tanto para aprendermos sobre os recursos que o leitor oferece, quanto para entender um pouco mais sobre as variadas dificuldades que os usuários desse sistema enfrentam em sua prática diária. A relevância do curso está em me possibilitar acrescentar conhecimento e adquirir habilidades sobre a temática da acessibilidade, pois como servidora e também como cidadã considero imprescindível promover a acessibilidade, o que não é possível sem conhecimento.”

 

#ParaTodosVerem: Captura de tela da sala de reuniões do google onde foram realizadas as aulas. Do lado direito, alguns dos participantes e à esquerda a tela do professor aberta na area de treinamento do PJe. Fim da descrição.