Juíza do Trabalho do TRT-8 conquista o prêmio Mary de Aguiar Silva de Direitos Sociais

A premiação é fruto do reconhecimento de ações desenvolvidas pela magistrada no combate à exploração sexual de crianças e combate ao trabalho escravo.
Foto em ambiente fechado. Ao centro, duas mulheres. A direita, a ministra Rosa Weber, do lado esquerdo, a juíza Elinay Almeida.
— Foto: ASCOM8

Com o intuito de compartilhar conhecimento e chamar atenção para a participação feminina no Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizou nos dias 30 e 31 de agosto, a 2ª edição do encontro Mulheres na Justiça: Novos Rumos da Resolução CNJ nº 255. 

O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) foi um dos destaques do evento. Durante a cerimônia que aconteceu no auditório do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para homenagear juízas brasileiras que se destacam na realização de trabalhos voltados aos direitos humanos e sociais, igualdade de gênero e inovação, a juíza do Trabalho e uma das diretoras da Amatra-8, Elinay Almeida Ferreira, foi uma das agraciadas com o prêmio "Mary de Aguiar Silva de Direitos Sociais". 

A conquista do prêmio vem pelo reconhecimento dos trabalhos desenvolvidos pela magistrada, em ações de combate a trabalhos análogos a escravidão, além de ações voltadas ao combate do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na região do Marajó. "É sempre uma alegria poder representar a Justiça do Trabalho e o TRT-8, sobretudo, pelo reconhecimento das ações desenvolvidas no combate à exploração de crianças, no Marajó, e no combate ao trabalho escravo. Foi com grata surpresa que eu recebi o prêmio 'Mary De Aguiar Silva de Direitos Sociais', das mãos da presidente do STF e também do CNJ, ministra Rosa Weber," falou a juíza.

 

Primeira juíza negra

Mary de Aguiar Silva, foi a primeira mulher negra a ocupar o cargo de juíza no Brasil, logo, sua relevância segue sendo lembrada até os dias de hoje. Sua carreira como juíza, iniciou em 1962, em Salvador, onde atuou até se aposentar compulsoriamente em novembro de 1995, aos 70 anos. 

Resolução

Por meio da Resolução nº 255 de 04/09/2018, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), visa promover a Política Nacional de Incentivo à Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário e destacar as ações realizadas pelas magistradas no Brasil.