TRT8 promoveu palestra sobre Comunicação Não Violenta

O evento contou com a participação de mais de 100 pessoas, entre magistrados, servidores e estagiários
Participantes da palestra sobre Comunicação Não Violenta nas Organizações
— Foto: ASCOM8

Promovida pela Asdep, a palestra sobre "Comunicação Não Violenta nas Organizações" ocorreu na manhã do dia 31 de maio, via plataforma Google Meet, foi ministrada pela psicóloga Juliana Cardoso. O encontro teve o objetivo de tratar sobre o processo de autoconhecimento e a forma como as ações desproporcionais podem influenciar na postura do outro.

De acordo com a palestrante, a internet é um dos meios atuais que utilizamos para nos comunicarmos com outras pessoas, para entender e sermos entendidos, e essa conexão nem sempre é fluida, pois existem algumas barreiras, como a baixa velocidade de conexão com a internet, aparelhos com baixa resolução de imagem, e essas situações podem causar distorções no entendimento da comunicação.

Durante a palestra, foi pedido que os participantes escolhessem três palavras para definir as emoções que estavam sentindo naquele momento, e a palavra ansioso foi a mais mencionada pelos participantes, assim como cansado, angustiado, preocupado e com medo. No entanto, outras palavras também foram escolhidas por quem estava presente no encontro, como feliz, animado e alegre.

Para a palestrante, ter a ansiedade como um dos adjetivos mais escolhidos, pode ser visto com preocupação, pois esse sentimento pode ser transmitido durante uma conversa com outra pessoa e causar um tipo de ruído na comunicação, tornando difícil a compreensão ou causando uma interpretação errada do que foi dito.

Por outra lado, a comunicação empática visa mudar as reações automáticas e repetitivas, muitas vezes irônicas e sarcásticas, por respostas conscientes claras e honestas. Essa é uma forma de conexão com outras pessoas ao redor. A compaixão é uma característica humana, como bem lembrou a psicóloga, e precisa ser praticada diariamente. Não é ser “bonzinho”, mas sim desenvolver a habilidade da comunicação.

Respondendo a pergunta de uma participante, que questionou “Como consertar a situação quando a gente fez uma comunicação violenta e se arrependeu depois?”, a psicóloga destacou que a melhor maneira para tentar solucionar essa situação é buscar uma nova conexão com a pessoa ofendida, reconhecer o erro, pedir desculpas e chegar a um diálogo sem culpar o outro pela situação.

A palestrante finalizou chamando atenção para alguns pontos: a observaçlão atenta da conversa e no que está acontecendo no decorrer dela; os sentimentos que estão envolvidos naquele diálogo; a necessidade que sestá sendo trazida no decorrer daquela conversa e a forma clara do pedido. Sem esses esses elementos - compreender o outro e expressar de forma clara o que você mesmo está pedindo - a comunicação pode enfrentar dificuldades de entendimento, pois não se tem o controle sobre o comportamento do outro e nem a garantia do pedido ser atendido. Esse é o desafio, se colocar no lugar do outro para tentar entendê-lo.