CEJUSC Belém realizou atividades com jovens com síndrome de Down
O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Justiça do Trabalho(CEJUSC) Belém ,em parceria com Núcleo Amazônico de Acessibilidade, Inclusão e Tecnologia (ACESSAR), recebeu ontem (12/03) jovens com síndrome de Down para a abertura do Projeto CEJUSC Social.
Os jovens dos projetos “Inclusive Eu” e “Contando Histórias”, ambos desenvolvidos por meio do ACESSAR, conheceram as salas de conciliação, desenvolveram atividades de colagem e conversaram com advogados e trabalhadores que esperavam pelas audiências.
O jovem Romeu Neto, coordenador do projeto “Contando Histórias”, apresentou a iniciativa e falou sobre as histórias de superação de pessoas com deficiência intelectual e múltipla. “Estamos aqui pra apresentar nosso projeto desenvolvido por meio da fotografia . Já realizamos 5 exposições em Belém do Pará”. Ele também destacou a importância do evento promovido pelo CEJUSC Social, que reúne oficinas e atividades com certificação “É importante para os nossos jovens conhecerem órgãos como este para poder divulgar campanhas como a Marcha contra o Trabalho Infantil, realizada no início deste mês. É importante participarmos até para deixar a mobilização muito mais bonita” comentou.
O juiz do trabalho substituto Avertano Messias Klautau participou das atividades de inclusão de jovens com síndrome de Down. Para ele a programação tem um significado muito especial. “Há 4 anos eu tive meu caçula e ele tem síndrome de Down, a vida ensina muito pra gente e estamos num lugar que buscamos direitos, então, necessariamente, eu tenho que passar pelo viés do exercício de direitos. Pela convenção internacional da ONU internalizada com o quórum de três quintos, temos norma constitucional que prevê a inclusão. Nesse ponto da reflexão é que chegamos aqui, neste momento, e como pai a grande preocupação é a empregabilidade. A preocupação é de que, quando ele chegue no momento da vida produtiva dele, ele tenha o direito a ter a fonte de renda e, nesse momento, eu não poderia deixar de parabenizar o CEJUSC pela iniciativa”.
ACESSAR
Projetos "Contando Histórias" e "Inclusive Eu", do Núcleo Amazônico de Acessibilidade de Inclusão e Tecnologia – ACESSAR- são apenas dois dos projetos coordenados pela Professora Andréia Miranda. “O projeto “Inclusive Eu” tem como objetivo dar visibilidade e voz para as pessoas com deficiência a fim de desmitificar o olhar que a sociedade tem para com essas pessoas e o projeto “Contando Histórias”, nós pesquisamos histórias de vida de pessoas com deficiência com objetivo de disseminar informações e conhecimentos para médicos, para professores e familiares, para mostrar às pessoas que a deficiência não é sinônimo de incapacidade, que todas as pessoas quando têm oportunidade, elas conseguem fazer e ser tudo que elas sonham” explica a coordenadora.
Dia Internacional da Síndrome de Down
O dia 21 de março é conhecido com o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida pois a Síndrome de Down é uma alteração genética no cromossomo “21” que deve ser formado por um par e ,no caso das pessoas com a síndrome, aparece com “3” exemplares (trissomia). A ideia surgiu na Down Syndrome Internacional, na pessoa do geneticista da Universidade de Genebra, Stylianos Antonorakis. Foi adicionada pela Organização das Nações Unidas em seu calendário oficial.
Para marcar a data, uma grande caminhada será realizada, com concentração, às 8h da manhã, na Praça Batista Campos, em Belém.O evento terminará às 12h e terá apoio de instituições como Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Ordem dos Advogados-PA (OAB), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Associação de mãos dadas cromossomos 21, Grupo Viver com Alegria e também a Justiça do Trabalho da 8ª Região
A professora Andreia Miranda destaca que o mês de março tem uma programação intensa e caminhadas alusivas ao Dia Internacional da Síndrome de Down acontecem no mundo inteiro. “É um momento de conscientização para mostrar à sociedade que pessoas com deficiências também precisam de políticas públicas, temos muitas coisas para crianças e essas crianças um dia crescem. É o momento de reivindicar os direitos dessas pessoas”.
Texto com informações de Movimento Down.