TRT8 realiza primeiro Leilão Unificado com um novo modelo
Na manhã da última quarta-feira (11), o TRT8 realizou o seu primeiro Leilão Unificado, presencial e eletrônico, em parceria com a empresa Hasta Vip. Neste leilão estavam disponíveis para lance 163 lotes, entre imóveis, veículos, móveis, eletrodomésticos. Pela primeira vez em leilões do TRT8, os arrematantes puderam dar lances pela internet.
O leilão presencial e eletrônico era uma necessidade para o Tribunal poder melhorar a qualidade da prestação jurisdicional, que estava sendo afetada pelo formato tradicional dos leilões que aconteciam no TRT8, pois os valores arrecadados estavam menores que o esperado, e, com a ampliação do alcance do leilão e dos lances, foi aberta a possibilidade do recebimento de lances que pudessem vir de qualquer localidade do Brasil.
A presidente do TRT8, desembargadora Suzy Koury, destacou a importância da Justiça do Trabalho da 8ª Região se adequar aos novos padrões que vão surgindo, além de usar a tecnologia a favor da prestação jurisdicional. “Isso é futuro, isso é o judiciário se adequando aos meios eletrônicos, se adequando às melhores práticas de gestão para a venda de bens. Esse leilão está dando um passo decisivo para que a prestação jurisdicional da Justiça do trabalho da 8ª região, seja efetiva a fim de que nós vendamos melhor nossos bens para que possamos pagar os reclamantes, que é o nosso objetivo final, já que aqui não se pensa no negócio, aqui nós estamos preocupados em prestar jurisdição”, pontuou a desembargadora.
Durante o leilão um bom público compareceu ao auditório do TRT8, localizado no edifício-sede do Tribunal. O público também podia acompanhar e dar lances de qualquer lugar, porque o leilão estava sendo transmitido ao vivo pelo site da Hasta Vip.
O Corregedor Regional, desembargador Walter Paro, afirmou que as mudanças podem gerar dúvidas e até mesmo certa resistência, mas colocou a corregedoria à disposição para resolver questões pertinentes sobre a nova metodologia. “Sabemos que toda inovação provoca desconforto de algum lado ou de outro, a Corregedoria está aqui no exercício de seu papel para eventuais entendimentos divergentes, no que concerne a essa nova metodologia, essa nova prática. Aqueles que entenderem estarem em desconforto em razão dessa nova sistemática podem procurar a corregedoria, nós temos certeza que podemos fazer grandes parcerias desde que venham com propostas que sejam efetivas”, afirmou o magistrado.
A diretora da Central de Mandados, Pesquisa e Leilão, Juíza do Trabalho Nazaré Medeiros Rocha, ressaltou que a parceria com empresas ou com leiloeiros individuais está prevista em lei. A magistrada também destacou os motivos pelos quais buscou um novo método para fazer leilões na Central e avalia como um avanço o sistema eletrônico de leilão, por ampliar para o Brasil inteiro o seu público de alcance. “A nomeação de uma empresa gestora de leilões ou de leiloeiros individuais é um ato legal, previsto em lei, no CPC, e cabe ao juízo da execução. Eu, como juíza da Central de Execução responsável pelos leilões unificados de Belém e Ananindeua nomeei uma empresa gestora de leilões para fazer o nosso primeiro leilão eletrônico. Ele é uma marco, um divisor de águas, porque ele alcança um público muito maior que o anterior que nós alcançamos, que era um público restrito, apenas da cidade de Belém” destacou a juíza.
Dos 163 lotes disponíveis, 59 foram vendidos. O número pode aumentar porque alguns bens que receberam lances ainda estão sob análise do juízo das Varas. O valor mínimo a ser arrecadado com a venda dos 59 bens era de R$ 82.790,00, no entanto o TRT8 conseguiu arrecadar R$ 89.810,00.
Veja as fotos do leilão, aqui.