TRT-8 realizou mais uma Semana de Responsabilidade Socioambiental

Visitas aos setores e varas trabalhistas levaram orientações de boas práticas de sustentabilidade.
Foto na Secretaria de Comunicação do TRT8 durante a visita da DIAIS na Semana de Responsabilidade Socioambiental.
#paratodosverem Foto na Secretaria de Comunicação do TRT8 durante a visita da DIAIS na Semana de Responsabilidade Socioambiental.

Ao longo do mês de junho foi realizada, no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (Pará e Amapá), mais uma edição da Semana de Responsabilidade Socioambiental, em alusão ao dia 5 de junho, Dia do Meio Ambiente.

De acordo com Luísa Leão, chefe da Divisão de Acessibilidade, Inclusão e Sustentabilidade (Diais), “o objetivo dessa ação de visitar as unidades é incentivar uma auto-responsabilização de todos - magistrados(as), servidores(as) e colaboradores(as) na construção da sustentabilidade no ambiente do Tribunal e também no cotidiano fora do trabalho”.

No dia 25 de junho, foram visitadas, por exemplo, a Secretaria-Geral Judiciária (Sejud), a Coordenadoria de Apoio ao Tribunal Pleno e Seções Especializadas (Coape) e as Secretarias de Turmas. As últimas visitas ocorreram no dia 27 e 28 de junho, incluindo principalmente as Varas do Trabalho localizadas no Fórum de Belém.

As visitas foram realizadas por um grupo formado por representantes da Seção de Sustentabilidade (Seamb) e da Coordenadoria de Manutenção e Projetos (Comap), com a intenção de que cada um traga dicas sobre a destinação de resíduos/reciclagem, consumo de energia elétrica, como evitar desperdício de água, entre outras.

“É muito interessante as pessoas descobrirem essas ações dentro do Tribunal, a maior parte delas não conhecia, por exemplo, o nosso depósito de resíduos sólidos”, acrescenta a chefe da Diais.

Durante as visitas, os representantes da Comap também conseguem observar “in loco” algumas necessidades das unidades. “Às vezes, em uma unidade, tem um aparelho de ar condicionado que é mais antigo ou tem algo que está precisando de reparo, e eles já saem dessas visitas com esse mapeamento”, aponta Luísa Leão.

TROCAS DE EXPERIÊNCIAS

Muitos servidores e servidoras já traziam as suas pequenas boas práticas durante os encontros. “As pessoas muitas das vezes já se sentiam sustentáveis, e acho que é legal porque a gente está ali reforçando essa consciência, e dando dicas para que elas melhorem. Então, para algumas unidades foi um combo de novidades e para outras foi um reforço”, diz Luísa Leão.

A fabricação de ecotijolos foi uma dessas práticas compartilhadas por uma servidora da Coordenadoria de Licitações e Contratos (Colic). Ela vai armazenando plástico dentro de garrafas pet até elas estarem bem cheias e firmes, e então encaminha para a ONG Escola Viva em Movimento, que usa para realizar construções nas periferias e ilhas de Belém.

“Esse foi um exemplo de prática muito legal de destinação de resíduo, que a gente não conhecia e ela pôde compartilhar com a gente durante a Semana de Responsabilidade Socioambiental. Eles constroem, por exemplo, casas no Combu e outras ilhas. Ou seja, junto a isso também há um trabalho social super importante”, comenta Luísa Leão.

Criada pela artista plástica Silvana Palha, a Escola Viva em Movimento (EVEM) tem o objetivo de transformar lixo em arte, moradias e consciência ambiental. Além de recolher os chamados ecotijolos, realiza oficinas gratuitas, ensinando técnicas de reaproveitamento, bioconstrução, criação de brinquedos, móveis e hortas com resíduos sólidos e orgânicos.

Outra boa prática foi compartilhada pelos servidores da 14ª VT, que reduziram a quantidade de lixeiras no setor. Eles perceberam que apesar de ter muitas lixeiras espalhadas, não tinham eficiência na coleta seletiva dos resíduos.

“Quando eles reduziram o número de lixeiras, conseguiram melhorar esse controle. Quando existem muitas opções a gente acaba não refletindo e escolhendo a forma mais eficiente de despejar cada resíduo. E reduziram a quantidade de sacolas plásticas. Contando cada lixeira, eles reduziram cerca de sete sacolas plásticas por dia”, conta Fábio Luiz, da Diais.

DESAFIOS

Essa é apontada, inclusive, como uma das práticas mais difíceis de mudar no TRT-8: o despejo de resíduos sem respeitar o que está sinalizado em cada lixeira. “Por exemplo, lá embaixo [térreo do Fórum Trabalhista de Belém], tem uma lixeira de [descarte de] medicamentos, e aí a pessoa vai e coloca uma casca de banana, um copo de café”, aponta Luísa Leão.

Ela acredita que o exemplo da 14ª VT pode ser adotado por unidades que sintam essa mesma dificuldade. “Essa dica da 14ª é super bacana, entender que você não precisa de oito lixeiras em uma unidade, a gente pode ter dois lixeiros: um de recicláveis e um de resíduo orgânico”.

Outro desafio é o uso da impressora, aponta. “Apesar de uma redução significativa, muita gente não tem esse hábito de ler e fazer os grifos no computador. Quando a gente imprime está impactando o ambiente duas vezes, usando toda uma estrutura digital (energia, armazenamento na nuvem, equipamento) e com o uso do papel e da tinta”.

João Lima, estagiário de Engenharia Elétrica da Comap, também observa o desperdício de energia. “Muitos servidores esquecem de desligar seus computadores ou  monitores, então fica a noite toda ligado, e no fim do mês isso conta muito. E tem os ar condicionados, que foram dimensionados para uma área específica, e muitos servidores deixam portas abertas, forçando o ar condicionado, custando mais energia e podendo até danificar o equipamento.

 

Mais informações:

Divisão de Acessibilidade, Inclusão e Sustentabilidade (Diais)
E-mail: diais@trt8.jus.br

ONG Escola Viva em Movimento (EVEM)
Conheça: Instagram @evem.pa

Mais fotos no Flickr do TRT8.

Texto: Lais Azevedo/Secom TRT8
Fotos: Secom TRT8